segunda-feira, 2 de abril de 2012

Tempestade e Calmaria


Não
Não me culpe
Sou ato
Como raio
Explosivo
Incontido
Em desejos

Assinalei
Com explosões
Em nuvens
Trovejei
E levei
Águas a banhar
Seus campos

Planejei pastagens
Entre leitos
De rios brandos

Fui sereno

A cair
Calado
Em suas noites

Atenção
É o que merecem
As tempestades
Ou enxurradas
Que em desespero
Levam esperanças
De amar
O ar
E o mar

Avassalador

Foi o sol
A raiar
Solene
E tórrido
A devorar
As entranhas
Do que pudesse
Ter nos sonhos
Perfeição

Foi o tempo
Foi o vento
Trouxe fomento
Deu um novo
Alento

Lento
Como calmaria
A sufocar de paixão
Na imensidão do mar
Poder morrer
Ou amar.

(FlaVcast – 02.04.2012)

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