sexta-feira, 13 de abril de 2012

A passagem de cometas



Como pode sobreviver
Um ser à tentativa
De perder o inimaginável

Um sentimento que sessa
Do surgir da lua transbordante
Às taças refletidas dos raios de sol

Não sobrevive o astronauta
Perdido no vácuo determinado
Da atmosfera dos seus seios

Entrega-se ao infinito se há ar
Ou tal deslumbramento o arrebate
Às estrelas que nos são tão próximas

Desejosos asteroides circundantes
Cheias de brilhos e caudas sedutoras
Rasgam no horizonte feitas cometas

São olhos carentes de sonhos realizáveis
Os donos daquelas mãos a aponta-las
O desejo realizado durou segundos e passou.

(FlaVcast – 14.04.2012)

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