Abri mão de repostas
De desculpas
De falas desmedidas
De perguntas
Mas porque detesto despedidas
Abri mão de flechadas
De ser alvo
De balas perdidas
De arcos em riste
Mas era quase todo dia
Abri mão de ser triste
De discussões
De dramas imperdíveis
De lágrimas escorridas
Mas nem sempre as impedia
Abri mão de pular
De paraquedas
De supetão varar nuvens
De cair nu no mato
Mas era assim que sobrevivia
Abri mão de chatezas
De sentir asperezas
De apurar mazelas
De namorar donzelas
Mas que menina mais atrevida
Abri mão de tudo
De todas as feridas
De ideias perdidas
De tudo que queria
Mas era tudo que eu podia.
(FlaVcast – 09.04.2012)
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