sexta-feira, 13 de abril de 2012



Confesso todo aberto
Escancarado de lembranças
Degustativas dos sabores
Frugais eram aqueles beijos
De aromas renovados
Como se decantássemos
Por entre as reentrâncias
Mínimas dos lábios porções
Química mágica invadia-nos
Por entre arrepios as mãos
E dedos enroscados ao cabelo
Deixava o tempo de lado
Do braço do sofá oliva abraços
Amassos tão incontidos
Desmedidos aos poucos
Eram despidos dos tecidos
A pele aflorada escorria
Dos novos ângulos surgidos
Corpos aquecidos dos beijos
Amavam-se inconsequentes.

(FlaVcast – 13.04.2012)

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