quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

À ninfa

(fotos e montagem de FlaVcast)
 
Não abra mão do amor possível
Que por mais que doa
São só circunstâncias
Pequenas distâncias
Rodeadas lembranças

E não adianta
Flores são possíveis

E atingíveis
 
Como quando ninfa
Ilumina a vida

Em contrapartida
Rejuvenesço em forças
Em ânimo como nas cores
Do princípio da primavera
Surgidas antes do fim do inverno

...

Vou à beira da praia
A perceber composições
De tons de luz e a profundidade
Da sombra e basta-me como paisagem

...

E virá o dia
Em que ao abrir os olhos
Estes voltarão a se encher
De alegrias

...


(por FlaVcast em 28.02.2013)

Quão doce


Quão doce
Amei-te ontem
Escorrido do mundo
Da palma da sua mão

Bastaram toques
Leves da viça pele
E argumentos febris
A desmanchar-me

Amor que reside solto
Feito aura do buquê
Dos nossos instantes
Fortuitos amantes

Somos o ímpeto
O desejo aguerrido
O beijo incontido
Do amor proibido

Virtude que exala
Vida que não cala
Somos perdidos
Onde amor nos basta

Redime erros
Em acalantos brandos
Tão nossos sons
Dispersos em segredos

Quão doce foi
A pedir meu corpo
Já combalido em lutas
Renasço em teus braços.

(por FlaVcast em 27.02.2013)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Rendo-me



O fio visto
De linho
Tece
De nós
E espaços
A renda

São movimentos
De silêncios
E brancos
Dessa intimidade
De fios entrelaçados
De vida

Pontos
Deixados
A marcar momentos
Ato inevitável
De jogar-se
Ao próximo e ponto

Quando terminar
Qual o desenho
Da trama da vida
Rendo-me
Feito aranha
Rendeira
Da própria sorte.

(por FlaVcast em 25.02.2013)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Poema triste


Também fiquei mais triste,
mais do que já estava,
mais do que aguento,
mais do que mereço.

A vida não devia ser uma surpresa
se todo dia as tristezas se repetem.

(por FlaVcast em 16.02.2013)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Às vezes lentamente


 
Não é de hoje que morro
Morro aos poucos a anos
Morro às vezes lentamente
Outras como hoje me suicido
Inconsciente de nem precisar
Juízo que já nem sei se tenho
Almejo dos ventos os uivos
Que me deitam todas as noites
Cercado de desejos e vinho.

(por FlaVcast em 14.02.2013)