Blog de poesias de minha autoria com ilustrações de imagens recicladas e encontradas na internet em sua grande maioria. As imagens encontradas são transformadas em outras novas composições para que ilustrem cada uma das poesias.
sábado, 23 de abril de 2011
Para depois sentir
Parar
É preciso
Para depois sentir
Há algo errado
Não pode reprimir
São verdades e sonhos
Os meus e os seus
Para depois sentir
De modos diversos
Confiantes reversos
Sentidos dispersos
Importam os versos
Seus ou meus
Que sejamos reais
Para depois sentir
É preciso parar
É preciso desmontar
O espelho d’água
Acreditar que pode
Desejar o outro
É preciso parar
Olhar enxergando
Perfumar o belo
Do outro em ti
Este distante de mim
Para depois sentir
É preciso desejar
O que não é vosso
De modo incoerente
Sem roupas a afligir
Para depois sentir
É preciso parar
E amar esse que vês
É preciso parar
De moldar o que amas
É preciso
Para depois sentir
Viver o que vem
À frente no mundo
Ao lado compasso
Andar enamorado
Para depois sentir
É preciso
Abrir espaço
Criar contexto
Plantar desejos
Superar erros
É preciso
Para depois sentir
Esquecer os desamores
Permitir-se ao novo
E sentar-se a uma pedra
Onde possa refletir.
(FlavCast – 24.04.2011)
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