quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Hoje que não mais significo

Hoje que não mais significo

habito meu intimo precipício

de vícios colados ao peito

Deixo o encantamento desfeito

para entender a esmo meu eu

um eu que não é só meu

mas que ficou comigo escondido

Às vezes, combalido

tento saber a que nave pertenço

de onde brotam as rosas

que jogo soltas à mesa

O porque das minhas cores

as fortes dores, esqueço

desapareço num avesso desfeito

e reapareço mostrando o rosto

e todos os meus defeitos

De resto algumas lágrimas

restam-me amareladas ao vento

recomponho-me à mesa

quem sabe servir-me de amor.

FlavCast

23.01.09

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