Hoje que não mais significo
habito meu intimo precipício
de vícios colados ao peito
Deixo o encantamento desfeito
para entender a esmo meu eu
um eu que não é só meu
mas que ficou comigo escondido
Às vezes, combalido
tento saber a que nave pertenço
de onde brotam as rosas
que jogo soltas à mesa
O porque das minhas cores
as fortes dores, esqueço
desapareço num avesso desfeito
e reapareço mostrando o rosto
e todos os meus defeitos
De resto algumas lágrimas
restam-me amareladas ao vento
recomponho-me à mesa
quem sabe servir-me de amor.
FlavCast
23.01.09
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