sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Paralelas

Peço nos entremeios das linhas
Que leias o que não é dito e percebas
Minha solidão hereditária e o meu medo mais lacônico
Justo um medo de perda, de todas as perdas
Consegue enxergar as derrotas?
Todas as desilusões estão ai entre as duas linhas
Paralelas que tanto escrevo
Tenho respirado e ido dos sonhos ao inferno
Da pureza dos sentimentos à dor mais pura
Demonstro todas as minhas fraquezas
A minha pobreza
A minha vergonha
Aceito por essas linhas
Todas as inseguranças
Como amores sem pudores
Vasculhe e por entre as letras
Encontrará a minha loucura
Ser poeta é ser intenso em seu desejar
É ser fraco onde o mundo cobra a razão
Mas também é acreditar em sonhos
É ser humilde para reconhecer fraquezas
Ser forte em expor-se sem ser reconhecido.
FlaVcast
07.09.09

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