sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Solidão

curta

aquilo

necessário

O vazio

ao lado

o corpo

tomado

do nada

Uma pedrada

nua na estrada

um quase nada

Andar

se tocar

respirar

seu ar

Vivenciar

topar

enamorar

do belo

em mim

Solidão a dois

Dois juntos

dois propósitos

em um de dois

em 2 por 1

Desejos iguais

caminhada

por entre árvores

ou nada

Desejos opostos

ninguém disposto

perde-se o gosto

Silêncio de palavras

cessam os beijos

surgem as dores

no peito

Isolamento

compartilhado

não se enxerga

o outro ao lado

Dor de chorar

no íntimo

falar se fala

o mínimo

Somos a dois

hipócritas

observadores

das nossas

mazelas

Solidão no meio de vários

Não sai do armário

não vai ao ensaio

simula desmaio

Todos senhores

ameaçadores

anões de guetos

assustadores

dos sonhos

Espera

paciente

mente

dispersa

espera

Mente

e como gente

desmente

seus poderes

lentes coloridas

desprovidas

de culpas

tem tempo

de não entender

aquilo que não é seu

Que não participo

que vai contra

seus princípios

São meus

os suspiros

solitários

As lágrimas

As rimas.

FlavCast

30.04.09

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