Só
curta
aquilo
necessário
O vazio
ao lado
o corpo
tomado
do nada
Uma pedrada
nua na estrada
um quase nada
Andar
se tocar
respirar
seu ar
Vivenciar
topar
enamorar
do belo
em mim
Solidão a dois
Dois juntos
dois propósitos
em um de dois
em 2 por 1
Desejos iguais
caminhada
por entre árvores
ou nada
Desejos opostos
ninguém disposto
perde-se o gosto
Silêncio de palavras
cessam os beijos
surgem as dores
no peito
Isolamento
compartilhado
não se enxerga
o outro ao lado
Dor de chorar
no íntimo
falar se fala
o mínimo
Somos a dois
hipócritas
observadores
das nossas
mazelas
Solidão no meio de vários
Não sai do armário
não vai ao ensaio
simula desmaio
Todos senhores
ameaçadores
anões de guetos
assustadores
dos sonhos
Espera
paciente
mente
dispersa
espera
Mente
e como gente
desmente
seus poderes
lentes coloridas
desprovidas
de culpas
Só
tem tempo
de não entender
aquilo que não é seu
Que não participo
que vai contra
seus princípios
São meus
os suspiros
solitários
As lágrimas
As rimas.
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