quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Engasgo espasmos

revoltadas posturas

cheias de amarguras

como pedaços de carnes

jogados no lixo das vaidades

escondidas por mascaras

refletidas de vazios estendidos

pelas ruas sonâmbulas figuras

isoladas em quereres solitários

momentos em que me perco

sem repostas na boca da língua

em que sento a observar

o céu da boca passar estrelas

por meus olhos não impedem

o rasgar dos conceitos que visto

oprimido desprezo escavado de terra

batida de morango com saquê

embebido de prazeres solitários

fresca a palidez dos meus ouvidos

espremidos ao lado da minha cabeça chata

que passa veloz pensamentos podres

as dores os sabores envelhecidos

de sol escarlate azul anil

a puta que te pariu fugiu

corrida da tua vida desesperada

avenida corro demente forçando meus dentes

raspando meu corpo contra a parede.

FlavCast

04.12.08

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