quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Do tempo

Faltam poucas horas

E quebro-me

Ao fechar o ano

Cacos

Pedaços esgotados

Cansado respiro

Destoa o som

Buracos

Sozinho ao meu lado

Espaço desperdiçado

Qual meu rótulo

Estragos

... E quantos outros

dias mais terei assim...

Respiro

Sei que recolherei

Os tantos cacos

Dos meus pedaços

Sobre o assoalho

E sei que conectarei

Todos os estilhaços

Os sons mais pesados

De outros espaços

Somam-se retalhos

Às peças dos dias

Que acumulados

Cobrem o corpo

Desnudo envolto

Às várias tramas

Poeta que sou

Recrio-me

... Colo estrelas alie aqui no azul...

Sobrevivo em versos

Renasço e vou, ando

Como quem sabe do dia

Que terei seus lábios.

FlavCast

30.12.2008

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