quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Distante

Sinto como frio de neve
A cortar-me a alma
Uma tristeza penetrante
Que me é distante

E não consigo lê-la

Parece vir por dentro
Das camadas de lã
Do coração fabricado
Do boneco de neve

E não consigo achá-lo

Busco através de imagens
Entender o não transbordar
Das emoções que deveriam
Sorrir-te a face umedecida

E não consigo atingi-la

Sangro lágrimas brilhantes
Que como ínfimos diamantes
Procuram cravar-te fundo
Uma minha marca pulsante

E não consigo assim distante.


FlavCast
22.01.08

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