terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dadivosa concubina


Quem mais
A não ser você
Poderia colorir
Meus sonhos
Trazer
Depois da chuva azul
Dias risonhos e lua seminua

Escancarada de luz
Sem pudor
Desejar em versos
Despi-la
Como se estes
A tomassem deleita
Dos braços sutis do poema

Quem mais
A não ser você
Declararia seu amor vulgar
Como perfume
A percorrer o ar
Em inebriantes notas
Conquista

Esquálida e profana
Espalha-se
Dadivosa concubina
Em pêlos
Nutre de perigo os caminhos
Não importa
Em meus braços a tenho.

(FlavCast – 09.08.2011)

2 comentários:

Sopro Vida Sem Margens disse...

..quem mais a não ser Você Poeta me poderia colocar esta minha boca à escuta do azul dos dias pintado nessa escrita de vapores estendido nas palavras, onde o verbo são sorrisos escancarados nas lajes das portas?!

Amei...

Um beijinho
da
Assiria

FlaVcasT disse...

Assíria

Seus comentários, a leitura que faz, suas palavras transbordam poesia.

Obrigado!

Beijo