Blog de poesias de minha autoria com ilustrações de imagens recicladas e encontradas na internet em sua grande maioria. As imagens encontradas são transformadas em outras novas composições para que ilustrem cada uma das poesias.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Espelho
Retiro-me
Pétalas perdidas
Incrédulo
Abismos
No final do universo
Vácuos de coloridos
Espelho
A perda de exatidão
Perto é muito perto
Longe é afastamento
Lembrar é melhor
Do que estar
E falta é prazerosa
O meio da história
São só desculpas
Para a indisposição
De encontrar resolução
Pensaria que uma parte
Não valeria exposição
E a perda de exatidão.
FlaVcast
10.09.09
Matemático
Paralelas
Tentei entender
Meu anjo
Eu quero
Entre os azuis e os vermelhos
Ela se foi num dia frio
Amor distante
Qualquer noite em que os perfumes aflorarem
Sentiras meus dedos entrarem pelos seus cabelos
Verás os meus olhos de perto e neles se reconhecerá
Sentirás ao longe... Meus lábios na rota aos seus
Arrepiará entregue e em desalinho aos seus sonhos
Aqueles mais doces... Os toques liberando fluidos
Um calor suavemente cobrira o seu corpo... Será o meu amor.
FlaVcast
05.09.09
Chuva
Chove em minha janela
Chove forte e bate de frente
Com meu silencio desfecho
Em pingos diretos
...batem
A explodirem como coroas
Depois...
Acalma o vento
Sua fala é baixa tensão
Se fossem azuis
Rosas... azuis
Perfumariam a noite
Em pingos de sons.
FlaVcast
04.09.09
O Sopro
Não tentarei mais entender
Quem não deseja entendimento
Não colocarei mais lamentos
Tão pouco... juramentos
Não dedicarei a esmo
Os mais quentes desejos
Que hoje doem o peito
Jogarei agora nas cores
O bom da vida repartida
Não virarei na fantasia
Serei a própria... Um Poirot
Mas sem mascaras
Dançarei no baile
Da menina dos seus olhos
Cativante vem você toda insinuante
Antes seria previsto ser distante
Não... não cairei... foi só tropeço
Daqueles que não se acredita
Balança-se... apoia-se
E ergue-se
Não... não cairei na vida
Sei das minhas medidas
O alvo já tem flecha a caminho
É questão de tempo
E passara como sopro
Que tocou-lhe o rosto
Não como beijo
Mas como amor
Que inflou o peito
Mas foi soprado.
FlaVcast
03.09.09
Indagações
Pra que serve esconder a alma
Se essa sem pressa aflora
De que adianta desejar ser mártir
Se não se pode a vingança
Diante do sorriso puro de uma criança
Que compensação é essa que desalinha
Toda a vida por poucos momentos
De fantasia.
FlaVcast
03.09.09
Guardados
Guardei-te na manga
Como preciosidade divina
Acalentei com carinho
Cada momento distante
Guardei para você o melhor
Aquele que ainda serei
Cuidei de preservar
O mais bonito de mim
Guardei para nós momentos
Os novos... os mais belos
Aqueles... que ainda nem criei
Mais saberás os mais honestos
Guardei a pureza do som da lua
Para que ouças depois do amor
Meu eu deslumbro por ti
Ouvirás dentro de ti que amo.
FlaVcast
03.09.09
Assim ficou
Inevitável será lembrar
Repugnável esquecer
Agradável o alvorecer
Inimaginável o anoitecer
Impagável o sobreviver
Lamentável não permanecer
Insuportável ficou o sofrer
Saudável o reconhecer
Insustentável a pureza do ser
Vulnerável a razão sem ter
Imprevisível a solidão bater
indomável a limitação do ser
imprescindível a quem deseja crer.
FlaVcast
03.09.09
Espero
Detesto agosto
Desfocar em um olhar
Preciso de oxigênio
Ao menos
Quero cavar buraco
Sair do outro lado
Orar pra um macaco
Verdejar meu andar
Voltar a me educar
Preciso de pouco alimento
Pelo menos
Preciso de um cavalo
E ser seu convidado
A passear pelo ar
Voltar a respirar
Quem saber até surfar
Deixar de me enganar
De repente patinar
Desfocar em um olhar
Despertar em alto mar
Sonhar encontros astrais.
FlaVcast
21.08.09
Cansado
Cansado
Esgotado
Dos meus fardos
Pesado como destino
Ser especial isolado
Cansado
Derrotado
Mostro trêmulo
Entre meus destroços
Que nem sempre
O amor vence
Cansado
Desesperado
Curvo-me
À liberdade
De ser amor
Entregue em pétalas
O bem querer
A nobreza
Do ser.
FlaVcast
21.08.09
Talvez fosse
Falta
O amor deixado no tapete
Por mais que faça
Só há desgraça
Nada encoraja
Estourar a carapaça
Entre letras e cores
Os velhos pudores
Os estranhos amores
São estranhas as dores
Ânimos diurnos
Achados noturnos
Escorrem moribundos
Por mundos escuros
Desperdício de tempo
Deixados de lado
Como bromélias
Deixadas ao relento
Purgo desnudo de tudo
Vazo pasmo e mudo
Como marcas de parede
Ou amor deixado no tapete.
FlavCast
29.06.09