Os vazios latejam
Por minhas entranhas
Feridas enormes
Buracos de estilhaços
E partes subtraídas
Inúteis não terão vida
Espaços onde ecoam
Os pássaros da morte
Irrecuperáveis encostas
Escarpados penhascos
De partes envelhecidas
Esquecidas não terão vida
Deito no oco que meu corpo
Habita desnecessariamente
Maldito
Porque sinto tão frio?
Esse vento gelado
Que sai de dentro
Ecos perdidos de ilusões palpáveis
Quase as alcancei... Voaram
Silêncio.
Estou só.
Perco-me na noite
Escuridão de repente
Imensidão.
FlavCast
23.01.08
Nenhum comentário:
Postar um comentário