quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Vazios Latejantes

Os vazios latejam
Por minhas entranhas
Feridas enormes
Buracos de estilhaços
E partes subtraídas

Inúteis não terão vida

Espaços onde ecoam
Os pássaros da morte
Irrecuperáveis encostas
Escarpados penhascos
De partes envelhecidas

Esquecidas não terão vida

Deito no oco que meu corpo
Habita desnecessariamente

Maldito

Porque sinto tão frio?
Esse vento gelado
Que sai de dentro

Ecos perdidos de ilusões palpáveis

Quase as alcancei... Voaram

Silêncio.

Estou só.

Perco-me na noite
Escuridão de repente
Imensidão.


FlavCast
23.01.08

Nenhum comentário: