sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Rasgos eqüidistantes


Desculpe se nem sempre consigo sorrir
Não tenho a arte de sorrir por devoção
Uso é um pouco da minha imaginação

Mas meu rosto estampa só indignação

São alguns momentos de suspensão
Onde a desilusão toma seu sentido
Um vazio de acreditar um tanto agudo

Sinto que fico mudo, ridículo desnudo

E na penumbra das noites mais escuras
A solidão fria dos momentos diurnos
Torna-se desespero constante, penetrante

Como navalha cortante, rasgos eqüidistantes

E no balanço de um soul distante
Me pego, balançando lentamente agnóstico
Entre a fé e a porralouquice dos medíocres

Sou tomado de tantas idiotices, mas não tolices.


FlavCast
30.08.08

Nenhum comentário: