sábado, 7 de julho de 2012

Silêncio



Agora entendo o silêncio
Este em que me silencio
Vácuo desatinado à vida
Destinado ao ter que ser

Um silêncio de desilusões
Que acompanham olhares
Vazios de entendimentos
Como volta depois do não

É silêncio acompanhado
De uma presença dita fé
Silêncio desce iluminado
É pesado conforme a dor

Escuro como foram noites
Sem estrelas nuas surdas
Capitais pra comprar pães
O silêncio de desajustadas

É um silêncio de esconder
O medo de como ter o beijo
Refugiar do mundo e meio
Mímica só de sentimentos

Mudo a um exílio voluntário
Meio binário e inteiro hilário
Mundo de empilhar os tijolos
Para poder refrescar os miolos

Criativo o silêncio me é gentil.

(FlaVcast –07.07.2012)

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