terça-feira, 3 de julho de 2012

Entre o zíper e a luz apagada


Em que lugar paramos
Os beijos
Descemos ansiosos do bonde
A retomarmos os passos
E beijos

Onde procuramos
Um canto
Que possamos ouvir suspiros
Sentir os gostos
Desnudos

À porta
Sobre o vermelho do tapete
As mãos e a lassidão contra parede
Entre o zíper e a luz apagada
A chave

O ponto chega
Em que as vestes saltam
A vergonha caí aos pés da exaustão
Olhos desmentem palavras
Desconexas

São luzes que entram
Espreitas por frestas
Sirenes díspares afastam-se remitentes
Vozes sem perceber calam-se
Aos sonhos.

(FlaVcast – 04.07.2012)

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