terça-feira, 24 de julho de 2012

Azuis cobalto aveludados



A lua
Nova
Azul se fazia
Noite e o barulho das ondas
A lamber o casco

Ficara ao cais do porto
Um pedaço de olhar
Um engasgo
Lábios molhados
De lágrimas

Reluzia no mar
Em pratas e brancos
Azuis cobalto aveludados
Como os lábios deixados no cais
Vermelhos imprudentes ruges

Ela passeando
No céu brilha
Idílica intrínseca sina
Solitária senhora de si
Parada já imperceptível é reza

E a solidão da beleza da noite
É companhia viva
Estrela que gira
A chamar lembranças perdidas
Embaladas nas ondas do mar.

(FlaVcast – 25.07.2012)

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