segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ser é uma solidão que não se espera


Ser é uma solidão que não passa nem cessa
Pois esperam que eu seja muitos que não sou
Veem em mim outros que são eles e não eu
Eu sou só esse com meus conflitos e desejos
Desejos estes quase sempre não realizados
Este sou eu e não quem desejam que eu seja
Mesmo que eu às vezes deseje ser, não sou
Devo dizer que tentei ser por querer agradar
Mas mesmo por ingenuidade quis só ser eu
E confesso, não tive a ambição de ser outro
Nem mesmo um desses que quiseram eu ser
Ou aquele que nem sabiam dizer quem era
Sei agora ter construído uma grande fortuna
Mas que não interessa a esses queriam outro
Sou quase desconhecido a eles, afinal não sou
E ser diferente de como te desejam não basta




O silêncio que se fez presente, fui eu e minha paz

E nada e não tem quem faça eu não ser eu
Não há quem roube o meu tesouro, de resto
Se é o que te interessa, sim sou pobre, simples
Do que ti considera ser rico e ter posses, não
Se as tenho são de coisas imensuráveis e dores
E não as guardo em cofre é só vir conhecer-me.

(FlaVcast – 17.06.2012)

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