sexta-feira, 8 de junho de 2012

Um versejar mudo



Quem sabe seja o olhar
A permitir calmo
Saber dos campos
E dos pássaros soltos
Aos voos outros ângulos
E as termas a flutuar

Ou seria uma inquietude
De um entardecer premente
Dos verdes os escurecidos
Os sons soturnos
Os ecos e o som do brejo

Ou a voz que não ouço
A lamparina acender
E brilhar as pupilas
Os pés descalços
A pousarem ao lado

Quem sabe seja o olhar
Um versejar mudo
Que direto une
Por comunhão.

(FlaVcast – 09.06.2012)

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