Blog de poesias de minha autoria com ilustrações de imagens recicladas e encontradas na internet em sua grande maioria. As imagens encontradas são transformadas em outras novas composições para que ilustrem cada uma das poesias.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
Imposição estética
"a ausência é a Vida
e os Poetas
retirados dela..."
De Sabina Fernandes
e os Poetas
retirados dela..."
De Sabina Fernandes
Então é por ser poeta
Que o destino se fazEm curvas premeditadas
E abismos tornam-se rampas
Ao ar se vai a desconstruir
E jogado descaradamentePede-se só sobrevivência
Pois do tombo premissas
E é do poeta no mínimo
A pena com que conclamaEm palavras escritas a vida
Vida esta de que se ausenta
E não são dos amores as dores
Dos desarcetos dos despresosOu das paixões pueris que o faz
Solitário é por imposição estética.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Essas cores que ela te deu
Não
fica cinza não.
Não
vale a pena.
Deixa
a menina te colorir.
Depois
pense o dia com essas cores que ela te deu.
(FlaVcast – 11.10.2012)
Dia cinza
Dia cinza...
Hoje amanheceu cinza
De um cinza chuvoso
E choveu no mundo
Que era de garoa
Encharcou-se De lágrimas
E pingos
Incertezas
E
águas friasRedemoinhas
Esvaíssem à guia
Nota-se
a natureza
A
passar o diaAo longe os sonhos
Que te sonhei.
(FlaVcast – 11.10.2012)
Desova
Desova
À beira do córrego
Das tuas grandiosidades
O cadáver que tanto celebras
Em que não te percebe
A saúde impregnada de mídias
Em certezas tão gastas
Metralha sem sentido outros
A fala que te destaca ataca
A vicissitude do teu carro bala
O espelho que tu quebraras
E seremos heróis sem verdades.
(FlaVcast – 10.10.2012)
À beira do córrego
Das tuas grandiosidades
O cadáver que tanto celebras
Esse
corpo
Trabalhado
na disputaEm que não te percebe
A saúde impregnada de mídias
Já
que matas
Impunimente
teus eusEm certezas tão gastas
Metralha sem sentido outros
O
que restará
Se
o ato não acompanhaA fala que te destaca ataca
A vicissitude do teu carro bala
Mata-me
E
jogo na tua caraO espelho que tu quebraras
E seremos heróis sem verdades.
(FlaVcast – 10.10.2012)
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Ervas daninha
A
quantos me pertenço
Em
meu canto interno
Onde
no ângulo reto
Encaro
o inferno
Nos
eus me percebo
Em
alguns me detenho
Noutros
não há encontro
Que
desfechos farei
Sou
d’Eus de mim
Destas
tantas formas
Tortas
de sofrer
D’mim
sou os mesmos
D’instantes
Distantes
Extenuantes
Deles
amantes
A
quem o que devo
Esconder
das verdades
Que
nem sei ter de mim
Uma
gota de mercúrio caída
Nem
em lágrimas
Às
vezes escorrem dores
Nas
tintas as letras e linhas
Tão minhas ervas daninha.(FlaVcast - 04.10.2012)
Enlouquecer
É
como precisar andar na praia no fim da tarde,
ao
avermelhar do céu.
Para
maravilhar-se da vida,
sorrir
ou chorar,
e
talvez os dois,
feito
bobo.
E
olhar pro lado com o desejo,
de
te encontrar ali com suas emoções,
ou
que sejam outras tantas
por
outros motivos
que
não os meus,
eu
nem sei por que choro ou riu.
Mas
sentir que tu desejas estar ali.
Independente
do sol,
da
lua ou da chuva.
Gostar
da cor do guarda chuvas
Pensar
na noite,
que
me mostram seus olhos,
que
parecem sorrir,
melosos
como gata no cio.
De
que importa comer à mesa,
no
chão ou na cama,
é
tu que me chamas.
Nus,
não discutimos a cena,
são
às dezenas os beijos,
e
que sejam só dois corpos,
extasiados
e largados depois de amar.
E
ao acordar querer te encontrar,
Te
olhar apaixonado e enlouquecido...
Do
precisar,
antes
que tu acordes,
Imaginar
o que posso fazer pra te encantar.
Porque
quero ter outro dia,
pra
enlouquecer,
e
te amar.
(FlaVcast – 03.10.2012)
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
A flor d’água
foto de Marcos Aguiar
O
inédito
É
a procura
Dos
raios de sol
E
o aquecer d’água
A
germinar semente
Do
que foi obscuro
A
luz traz à tona
A
paixão em flor
Uma
dança
De
estender-se
Em
pétalas rosa
E
aroma de frescor
A
calma do natural
A
elevar-se ao divino
O
vento a dar o ritmo
Hino ao nascer do amor.(FlaVcast - 02.10.2012)
domingo, 30 de setembro de 2012
É triste a dor que se encerra na raiva
É
triste a dor que se encerra na raiva
Em
que não se pode mostrar o choro
Falta
de não poder viver o que é real
Viver
a fantasia de textos passionais
O
rosto que não mostra a desordem
Que
se encerra nas quedas e marcas
Do
viver no passado e o hoje ausente
Presente
devolvido em falsos retratos
Queiram
acreditar amigos e os penso
Sábios
haveriam de querer ouvir outro
Mas
crucificar é tão mais fácil à rima
Valem-se
preceitos da idiotice masculina
E
a fragilidade da fêmea em intima ferida
Mas
só quem mora na verdade não agride.
(FlaVcast – 01.09.2012)
sábado, 29 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Suas costas vazias
Da
poesia em que marco teu corpo
Uso
da ponta dos dedos efêmeros
Tão
somente carícias em folha nua
Virginal
convite à criação de sonetos
Das
linhas das mãos onde me perco
Em
beijos começo frases escorridas
Deleitadas
estrofes e contorções sutis
Gemidos
traduzem à língua do amor
Palavras
tão minhas transparências
Diz
em tinta pele da procura o amar
Minar
sem rimas as defesas do gozo
Brindar
de poesia suas costas vazias
Que
em poros adentro em perfumes
Riscos
sentimentos ou rubros batons.
(FlaVcast – 27.09.2012)
terça-feira, 25 de setembro de 2012
domingo, 23 de setembro de 2012
O vazio e o espaço
O
escuro
Consome-se
Ao
reconhecer a luz
Na
busca ao centro
Escuro
do escuro
Ao
negar a luz
Fortalece-a
Em
branco
Como
o negativo
A
projetar-se
Nega
a sim mesmo
A
fugir do que é zero
Porque
zero já não é
Negativo
O
positivo ocupa
O
espaço vazio
Há
de sumir o negativo
A
afastar-se simplesmente
Resoluto
de seu destino
Consome-se
Não
importa o que preencha
O espaço é para ser
assumido.(FlaVcast – 24.09.2012)
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Ladrilhos
Pequenos
quadrados gelados
Brancos
de bordas arredondadas
Perfilam-se
agora em seus seios
As
coxas o ventre e os braços
Marcados
são os ladrilhos
Do
vapor escorrido da sua pele
Molhado
contraste dos cabelos
Vermelhos
mancham ladrilhos
Os
lábios escorridos beijos
Trocados
de lado entre falas
Tez
alva impele desejo em curvas
Água
que inesperada foi esconderijo.
(FlaVcast – 21.09.2012)
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
Vão todos
Foram
todos
Uns
com outros
Dotados
de sabedorias
E
suas vis intolerâncias
Marchas
egóicas
Em
passos largos
Pisam
transloucados
Os
disparates erros outros
Quantos
dos todos
Arriscam-se
não ser perfeitos
Mesmo
a assumirem erros
Todos
andam estratégicos
Juntos
juntam-se
Dispersam-se
oportunos
Entre
dizeres líricos
Vão todos em passos rápidos.(FlaVcast – 17.09.2012)
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Entre você e eu
A
falta da luz
é
o vácuo
A
falta
é
tudo ou nada
Entre
você e eu
amor
sou
a busca
da
morte
O
tudo
que
se espera
ou
o nada
que
se tem
É
busca
um
andar a quem
É
sempre um dia
antes
de você
É
ser do mar
ou
do sol
onde
não podem
são
paisagem
Um
não saber
ser
sem completude
amiúde
viver
Falta
que encerra
o
peito
Falta
que um dia
bastará.(FlaVcast – 27.08.2012)
sábado, 25 de agosto de 2012
Passeio à beira mar
foto: ru-omnia
Percebo
entre todas
As
lógicas perdidas
Dos
desabrochados
Sorrisos
do seu olhar
As
falas de amor
Como
naquela tarde
Norma
em que nua
Lasciva
aconchegou
Desejo
em meu peito
Não
preciso falar
Quando
solene entrou
Entre
as telas, abstrata
Senhora
de si espelhara
Do
artista divina criação
O
que fala te retrata
Indolente
é o mar banhar
Seu
corpo em ondas ilógicas
Eu
atrevido sou da concha
O
som pretencioso do mar.
(FlaVcast – 26.08.2012)
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Boulevard
Tão
pouco eram os dias agitados
Eram
horas e horas de intermináveis
Labuta
de intermináveis vai e vem
Por
aquela ruela estreita escorregadia
Havia
luar sempre encoberto
Insetos
a rodear lampiões
As
mariposas a circular peões
Eram
noites úmidas e frias
Nada
que houvesse ou ouvia-se
Dizia
respeito a facilitar o dia
Era
tal de tirar leite coisa premente
Deprimente
eram os pratos enojados
A
quantos estranhos se é ser estranho
Porque
de estranheza jocosa se vive
Empoleirados
em mesmices estranha-se
A
que tempo me esqueci no boulevard.
(FlaVcast – 23.08.2012)
Do licor uma noite escorrido
Quando
venho
Calado
na alma
Descansar
os olhos
Desfocados
que são
Perco-me
embargado
De
tristezas dispersas
Aquelas
em que alheio
Aparecem
nítidos olhares
Seus
mais doces gestos
De
um amar desejado
É
quando escuro estou
Iluminam
lembranças
Sou
alvo desfalecido em sonho
Um
ébrio adocicado olhar
Do
licor uma noite escorrido
Em seu seio desnudo.(FlaVcast – 23.08.2012)
Assinar:
Postagens (Atom)