Tão
pouco eram os dias agitados
Eram
horas e horas de intermináveis
Labuta
de intermináveis vai e vem
Por
aquela ruela estreita escorregadia
Havia
luar sempre encoberto
Insetos
a rodear lampiões
As
mariposas a circular peões
Eram
noites úmidas e frias
Nada
que houvesse ou ouvia-se
Dizia
respeito a facilitar o dia
Era
tal de tirar leite coisa premente
Deprimente
eram os pratos enojados
A
quantos estranhos se é ser estranho
Porque
de estranheza jocosa se vive
Empoleirados
em mesmices estranha-se
A
que tempo me esqueci no boulevard.
(FlaVcast – 23.08.2012)
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