Tantos
foram os acenos
Tímidas
tentativas de ser notado
Em
seu desfile diário pela rua
Foram
“ois” solitários a desejar
Bons
dias!
Sorrisos
amarelos a dizer
Baixinho
Que
estavas linda!
Tropeços
ridículos
A
mostrar habilidades que não tinha
Os
escorregões
Estes
até engraçados
Envergonhavam
ao imaginar saberes
Foram
faixas estendidas com dicas
Placas
a desviar seu rumo
E
eu passar ao lado
Passeios
malfadados em barcas furadas
Um
infinito descer e subir escadas
E
quando chovia
Era
eu ali parado
Todo
encharcado a segurar a rosa
Ah...
Mas como era gostoso te esperar passar
Solta
paparicada por ébrios apaixonados
Passava
a sorrir enaltecida de aplausos
Ria
solista do seu palco
E
eu ali descalço com a flor na mão
Empoleirado
a assistir de longe
Os
torpes galanteios disparados
Do
outro lado da rua até torcia
Nos
aparentes melhores cavalos do páreo
Mas
que nada, seus saltos são altos
E
à rua longa desfila alegre
Filha
de mouros durante o dia
Quando
das lanternas acesas
A
noite se fazia e ali estava eu
Entre
primaveras e vagalumes
A
rodear o candeeiro da sua janela
Era
meu o suspiro que sempre ouvias
Ao
apagar sonolento de suas luzes
Dormias.(FlaVcast – 04.08.2012)
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