segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Enseada do mar de dentro




É aqui que refugio meu barco
Frente ao horizonte desço âncora
Lenta porque não  há tempo
Porque invento o por do sol

Pensamentos passam feito raios
Iluminados de emoções
Clarões impregnados de sol
Mote de sentimentos suportes

É nela embarcado em mar calmo
E releio cenas do navegar
Em mar bravo não se pensa
Sente-se

Enseada refúgio de refazer a rede
Afiar anzóis cercado de perfumes
Sereias em seus cantos invadem-me
A solidão que apraz momentos

Não há o que explicar
É foro intimo o som que corria
Entre a rua e a lua no instante
Amo e nem sei por que sorrio

É no mar de dentro à noite
Que escondo tesouros
Acendo velas
E parto em sonhos.

(FlaVcast – 06.08.2012)

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