Como
não entender-me louco
Se
por verdade ouço letras
Palavras
que não param de cochichar
Aos
meus ouvidos desafinados e surdos
Conspiram
com frases torturantes
De
amor
Os
olhos olham músicas e dançam
Às
vezes embaçados noutras apaixonados
O
cérebro espia em tensão
Os
desarrimados pulsares do coração
Este
desajuizado órgão da emoção
Que
só apanha, é cego o coitado
Como
não ser outro senão louco
Atirar-me
ao mar, talvez condenasse
Mas
digno é entregar-me às ondas
Mares
e ventos que levam-me
Sem
planos vou ouvindo palavras
E rabiscando sons no meio
do mar.(FlaVcast – 04.08.2012)
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