quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Suas costas vazias




Da poesia em que marco teu corpo
Uso da ponta dos dedos efêmeros
Tão somente carícias em folha nua
Virginal convite à criação de sonetos

Das linhas das mãos onde me perco
Em beijos começo frases escorridas
Deleitadas estrofes e contorções sutis
Gemidos traduzem à língua do amor

Palavras tão minhas transparências
Diz em tinta pele da procura o amar
Minar sem rimas as defesas do gozo

Brindar de poesia suas costas vazias
Que em poros adentro em perfumes
Riscos sentimentos ou rubros batons.

(FlaVcast – 27.09.2012)

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