sexta-feira, 6 de maio de 2011

Depois das noites escuras



Se durante as noites escuras
Após tantas colisões imprevistas
Por trás das dores as mais agonizantes
E seus desiludidos fluidos de amores

Se depois e tão somente depois
Das inúmeras luas que te enfeitiçaram
Se depois de dedicar-se a mil lutas inglorias
De entregar-se tão digna dos prazeres que teve

Ainda poder acreditar no amor

...Ainda que seja quase desprovida de crença
Dessa mesma que sinto, não minto
Descrente...

E poderes continuar com seu sorriso solto
Que tendes a ser sempre tão doce
Quanto seu olhar denuncia
Ou que seu hábito de ser leve possa persistir

Então apenhe uma pomba

Escreva um bilhete em que pede uma rosa
Rabisque algo que o acaso nem justifique
Quem sabe borrife seu perfume nas dobras
Ou marque em lenço somente seu beijo

Peça a ela que me encontre e solte-a ao céu

Por sorte da ave, sua ou minha
Rápida encontrará meu rumo
Amanhecerá o final das noites escuras
Receberei feliz seu pequeno recado

E em breve me encontrarei ao seu lado.

(FlavCast - 06.05.2011)

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