Sou poema preso ao peito
Respiro todo minuto apertado
Alado... Inclino-me ao sorriso perdido
Tímido imprevisto temo... Precipício
Sou sentimento puro sem saber dizer
Algo sentido que não se sabe o que
Sou temor é medo de alegria e desejo
Um lampejo de desespero de sofrer
Sou o peso da espera... Algo que desespera
Sou incontinente do desejo do ato consumado
Sou como o querer dizer dos carinhos a ofertar
Sou o espaço da palavra aceita ou negada
Sou o soluço do choro pela mulher amada
Impreciso já nem sei de cores... Imagine flores
Em pedaços de fantasias... Pudores impedem
Sou idéia solitária de um poema não escrito.
(FlaVcast – 30.05.2011)