sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Rendo-me

 
Culpo-me das felicidades
Dos amores e belezas
Que vivo e vão
Em bolhas de sabão

Assumo que as vivi, senti
Como água no deserto
As engoli em desespero
A tentar saciar minha sede

Meu maior crime se há
É o desejo infinito do pleno
É acreditar que é possível
Também ser amado assim

Mas entrego as armas
Para que enferrujem ao tempo
A farda de batalha já muito rota
Dobro-a e guardo no passado

Rendo-me sem importar o julgamento
Pois sei que não me fuzilarão de vez
Hão de torturar-me e tirar-me os sonhos
Não terei mais nada a versar

Peço somente o isolamento da solitária
Na convivência um louco só atrapalha
As cores já não se fazem necessárias
Fico com a lembrança da rosa vermelha.

(FlavCast – 11.02.2011)

2 comentários:

Anônimo disse...

Arosaagoratambémésórosadesbotadadesabotoadadefloradadesfolhadasecaeamarrotada.
Só o espinho continua duro.

FlaVcasT disse...

Curti!! Valeu!