Culpo-me das felicidades
Dos amores e belezas
Que vivo e vão
Em bolhas de sabão
Assumo que as vivi, senti
Como água no deserto
As engoli em desespero
A tentar saciar minha sede
Meu maior crime se há
É o desejo infinito do pleno
É acreditar que é possível
Também ser amado assim
Mas entrego as armas
Para que enferrujem ao tempo
A farda de batalha já muito rota
Dobro-a e guardo no passado
Rendo-me sem importar o julgamento
Pois sei que não me fuzilarão de vez
Hão de torturar-me e tirar-me os sonhos
Não terei mais nada a versar
Peço somente o isolamento da solitária
Na convivência um louco só atrapalha
As cores já não se fazem necessárias
Fico com a lembrança da rosa vermelha.
(FlavCast – 11.02.2011)
2 comentários:
Arosaagoratambémésórosadesbotadadesabotoadadefloradadesfolhadasecaeamarrotada.
Só o espinho continua duro.
Curti!! Valeu!
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