terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Atingi-me sem nada


Agradeço a palavra

Quando não dita

Silenciosamente
Quando brota bendita

Do seu corpo ela grita

Nem sei se em verso
Ou em açucarada rima

Meu sentimento imagina

Há uma liga
Talvez energia
Quem sabe alegria

Um perceber
Que seu amanhecer risonho
Transforma em poesia
Tudo aquilo que não via

Do movimento sutil
Ao olhar vazio
À dor que pariu
Ao amor que fugiu

Avança-me calada
Atingi-me sem nada
Nem mesmo a fala.

(FlavCast – 12.11.2010)

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