Nos
dias guardados
Por
aquelas frestas
Das
janelas fechadas
Onde
uns raios parcos
De
sol e o pó a flutuar
Silencioso
entre o vazio
Da
sala e o sofá perpétuo
O
corpo nu é desabado
Como
cansaço duma vida
Ali
tênue fosse opressor
De
um ímpeto de entrega vil
Aos
tons cinza desbotados
Das
sombras de um poema
Desapropriam
contos de amor
E
fosse o desejo de nada ouvir
Interrompido
pelo pulsar oco
Indiferente
dum coração veloz
Nessas
gotas encharcadas de frio
Uma
esperança forçada em dor
E
do que mais nada pudesse ser
Do que canto irredutível de
fuga.(por FlaVcast em 07.07.2013)
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