Alberto Giacometti no atelier, Paris 1950 Foto de Ernst Scheidegger
Eu quando crio
sou
me move o existir
em ideia
ato físico
objeto
Parte
do que chamo arte
como canais de lava
busca em ato imediato
saída à torrente de pensamentos
provo que necessito ser visto
mas não depois do que pode
ser agora a beleza da erupção
Do vulcão ser inusitada paisagem
o assombramento do medo
o risco de ser tragada
ter a falta de lógica que invade
ou a maldade de fazer prisioneira
Por certo deixar de ser vislumbre
reflexo de espelho
miragem
ou apenas vulto que passa
Tocar o infinito dos olhos
ser todo a reconhecer
inteiro
Ser plenitude de complexos
O amor é bastar-se
do outro.
“O homem não é antes para ser visto depois, mas ele é o ser cuja essência é existir para o outro”. Sartre
(Da coluna “Fique em casa”, por Manuel da Costa Pinto, em “Aparições do ser – Ensaios de Sartre descrevem “revolução copernicana” do escultor suíço Alberto Giacometti”.)
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