Blog de poesias de minha autoria com ilustrações de imagens recicladas e encontradas na internet em sua grande maioria. As imagens encontradas são transformadas em outras novas composições para que ilustrem cada uma das poesias.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Algo corrido não é amor
Volátil
Disputável
Febril
Inimaginável
É face
Ou pedaço
De carne
A tentar viver
E não é isso
Ou aquilo
Algo corrido
Não é amor
Sutil
Potável
Fértil
Gentil
É todo
E cheio
Vem calmo
Tocar a vida
E vem
E fica
Feito tardes
Que passam
Luares
Que chegam
E voam
Feito pássaro
Acordar
Vem você
Sorriso
Vou além.
(FlaVcast – 27.02.2012)
domingo, 26 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Eu quero aprender a te amar
Eu quero aprender a te amar
Por que de amor fiz dias lindos
Nas noites onde coloria estrelas
Amava porque em azuis se ama
Mas só no royal é que se entende
Que o amor continue a ser capaz
De tudo do fundo oriundo traga
Em taças de vinho a borra do construir
Aquele aroma de fundo de fruta forte
Raízes fortes estouram calçadas previsíveis
Corre como rio a transpor as pedras
Envolvendo obstáculos devolvendo-os
Superados são os amantes que não entregam
Sonegam seus valores desconhecidos
Gabarito não há se não fora apreendido
Eu quero aprender a te amar
Para que o básico ou o complexo exista
Resista aos egoísmos humanos
E aos ventos que entram do oeste
Este querer viver te chama.(FlaVcast – 25.02.2012)
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
É para viver
É para viver
Se viver
Com o outro
N’outro conversar
Consigo comigo
Entre o verde
As borboletas azuis
E no voo entardecer
Um chá de poesia
Entre os beijos
Adormecer
... e quantos sonhos
passam a mostrar
realidades...
Amanhecer
Só depois do amor
Em que produzimos
O que precisamos
Para viver
Porque é viver
E não... sobreviver
Viver no quintal
Da casa... ter o céu
Das nuvens o tempo
Do tempo o nosso.(FlaVcast 23.02.2012)
Tão frio
Tão frio
Como inverno
Ao pé da serra
São as geadas
Sorrateiras que queimam
Silenciosas
Frio
Como falta sentida
E culpa que não se leva
São sentimentos
Que minam escondidos
Entre fendas do coração
Vácuos
Ou falta de ar
Que não deixa mais pensar
Encanta
Então de estrelas
Na escuridão do jardim
Acolha-se
No manto do universo
Onde seu frio não é nada.(FlaVcast –24.02.2012)
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Olhares envoltos em curvas
Como fosse um pedaço de desejo
Misturado a minúsculas partes
De olhares envoltos em curvas
Lascivos passos acompanhados
Da certeza de ser observada ou
Quase como desfazer insolente
Vai desfila sua alegoria de moça
Confuso perco-me nos pontos
Em que traduzi-la parece beijá-la
Entre as cartas postadas à mesa.
(FlaVcast – 23.02.2012)
Conspirações ancestrais
Lunetas em espirais miram fumegantes
Cadernos com folhas de transparentes vegetais
Sobrepostas às linhas lidas por ângulos diferenciais
Dizem solenes verdades gotejadas onde não sabemos mais
Viriam das regras cartesianas das mulheres mais levianas
Ou quem sabe quitutes alvoroçadas feito riscos rápidos no céu
Tinge de rubro o peito rasgado nas dúvidas perde-se o desafio
Matemático alinhavar de planetas tão soltos vagam mágoas
São riscos só entendidos no centro do peito a escorrer fluidos
Não contidos mostram-se então entre sutilezas e deslizes
Matizes com gosto de vida da tinta que colore os sonhos
A que serem cumplices em conjunções sem razões.
(FlaVcast – 23.02.2012)
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
A visita
Nessa noite curta
Como pedira
Fui visita-la em sonho
E a vi linda atrás do vaso de flores
Haviam crianças por todos os lados
Na casa grande, várias televisões ligadas
E você muito ocupada não podia falar
Então fui embora
Já lá fora na penumbra
Você me tocou o ombro e então me virei
No breve momento daquela realidade
Entendi que o seu olhar dizia
Era como quisesse dizer algo
Que nunca assumira
E eu mal podia acreditar no que via
Seus olhos diziam amor
Então perguntei o que queria
Com um sorriso questionou se eu sabia
Qual era aquele dia
Respondi que não sabia
Mas sim sabia
Você não conseguiu dizer o que queria
E entendeu que eu apesar de todo amor
Que eu ainda sentia nunca a perdoaria
E o sonho se foi quando entendemos
Que nunca deveria ter feito essa visita.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Foi a mais bela paisagem
Há algo lá escondido
Mas não é tão nítido
Como dor já sentida
Em final de por do sol
Refletido no espelho
O Vazio preenche
Feito ser repleto
De um desejo sumir
Mas explodir-me
De novo... Não esqueça
Agora exerço o direito
De livre te libertar
Porque nunca a tive
Então não partiste
Continuaste diria
É o seu caminho
Em algum ponto
Fez parte da viagem
Foi companhia
Foi a mais bela paisagem
A qual meus olhos
Preenchia como luz do dia
E hoje ao andar na rua
Sorrio por momentos felizes
Lembranças agradecidas
E lições muito bem aprendidas
Sinto e sempre sentirei
Que fora amor
Com a mesma certeza
Desejo que ames
Porque irei amar novamente
E se possível eternamente.
(FlaVcast – 11.02.2012)
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Jogo de cartas marcadas
Ontem
No dia em que não tive alma
Acusaram-me
Ausentaram-se de culpas
Pelas regras do jogo
Não entregaram se quer
Meu olhar perdido
De quem foi ao encontro
Sem tê-lo
Ontem
No dia em que não tive alma
Mataram-me
A justificarem-se no crime
Pelas regras do jogo
De modo algum venceria
O que não pode ver
É que já haviam roubado
Minha alma.
(FlaVcast – 09.02.2012)
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Dores em mar aberto
Qual
O seu tamanho
Que não alcanço?
Que me faz doer
Como partes
De iceberg
Que quebra
Em pedaços
Das mais frias
Dores
Degelos
De infindáveis rios
Em busca de mar
Bloco
Desgarrado carrego
Ao mar culpas
E vou sumindo
Aos poucos
Sem ser notado
Vencido
Várias vezes
Mas não derrotado
Sigo em mar aberto
És tempestade
Filho da mãe terra
Tem como pai o vento
A força
Que te leva
É natural
É grande em tudo
Que temo o tempo
E não abraçá-lo.
(FlaVcast – 07.02.2012)
sábado, 4 de fevereiro de 2012
A fábula do encontro do Desejo com a Razão
Ela, a Razão
Lúcida, centrada
Concreta, terra
Ele, o Desejo
Emocional, disperso
Abstrato, fogo
O Desejo começa a notar que o percebido
possuía contornos sutis ainda mais belos
Em sua fala a Razão, em seus olhares
carregados de paixões e suas convicções
seduzia. Entre anjos e arcanjos brilhava
Tinhoso, afinal o Desejo trás algo de profano
Pergunta...
- É errado o desejo desmedido da paixão?
Voluntariosa a Razão se entrega ao tema...
- É certo o desmedido da paixão, é vulcão
Há na lava o combustível necessário
para que o fogo intenso queime as ilusões
concretas de algo novo que pode ser amor
Paixões agudas veneradamente febris
Entre azuis, os rosas, são fim de tarde
Buscam ensandecidos orgasmos gentis
É hora de perder-se em descompasso
...Erupção...
Amor acontece do encontro da lava e o mar
É o caudaloso a transformar-se em rocha
Mesmo impiedosa a lava morre submersa
É a imensidão do mar a resfriar ímpetos
... Suicídio...
Engana-se quem vê no vapor a morte
Este ao ganhar os céus, é sinal de enlace
É a destruição de partes e novas possibilidades
É acomodação de sedimentos, é vida, renovação
O Desejo então aproveita
- Mas de onde vem a paixão?
...
- A paixão vem da completude, coexistência,
Admiração, o conhecimento de um elemento pelo outro...
...Amizade...
...Da tentação natural do núcleo em fogo expandir-se
A terra tenta barra-lo, alimenta com sua volúpia
os ímpetos do fogo... As forças do corpo, da terra
não mais resistem... Entregam-se... E dessa força
irrompe a paixão
...Reconhecem-se em suas forças?...
- Sim
(FlaVcast – 05.02.2012)
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Ensina-me
Ensina-me
Em caso de sintonia
A saborear a real conjuntura
Das suas mais íntimas intenções
As que entrevejo escorrer da fala
Dos olhares sutilmente entrevistos
Por entre as poucas luas que temos
São desejos de construir o nós, creio
Feito sobrevivente após tempestades
Suspeito seria caso não precisasse guarita
Ou perder o medo do frescor da maresia
Reaprender apreciar o mar pelo seu amar
Entre o festejar reaver sentidos perdidos
Ou entre os travesseiros enroscar poesias
Aos traiçoeiros desmandos de vida
Ternos tal qual passarinhos a voar libertinos
Armados em versos incoerentes, irmos
Mesmo contra o sabor dos ventos, sermos
Termos entre alegrias e as lágrimas o dia
À noite ao silêncio estarmos por entre beijos.(FlaVcast –03.01.2012)
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