Noventa segundos é o que me resta
Da bateria do meu computador pessoal
É pouco para toda vida que resta
É muito para a mágoa que ele processa
Noventa segundos é o que me resta
Do sabor do chocolate aromatizado na boca
Rajada de vento que foi mas ainda passa
Como cenas em sépia das lembranças
Noventa segundos é o que me resta
De folego trancado subindo elevador
A brincar solitário de mergulhador
Era ascendência de uma alegria de festa
Noventa segundos é o que me resta
Da impaciência que tinge a fala
Atinge feito trajeto de bala perdida
É pouco para tanta despedida.
(FlaVcast – 16.01.2012)
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