sexta-feira, 1 de junho de 2007


Sete minutos, dias
anos, milênios eras
brasil de homens verdes oliva

barbatanas de baleias
mortas na esperança de serem
independentes para acreditar
ao menos uma vez, poder?

Rebelar juízes, no futebol
da guerra santa de católicos
políticos, cartolas protestantes
queimam o povo, trincheiras

estúpidos cigarros humanos, morram
rebelem-se ou matem-nos
com seus olhares famintos
estuprem os imbecis de olhos vazios

noite, temem a grande virada, dia “d”
vermelhos ideológicos, risos festejam
os carnavais de ódios, levam
à avenida, desfilar nossas fantasias

utópicas, vulgares, melancólicas
eleições de Quinta, onde cinzas
ao vento sopram o resultado, mudo
de escolas a mostrarem-se capazes
de levar o povo às ruas

tumbas, guerras e sertões marginais
sentem-se seguros por novas caras
puxarem as rédias do grande cavalo
a entregar-se solenes aos cowboys

na madrugada fria, esguias cordas
a descer monumentos, surpreendendo
o velho de calças na mão
não, não vai demorar
a vencermos ou nos rendermos

paz

(Flacast)

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