sexta-feira, 1 de junho de 2007


Aqui pensamento toma vida
areja entranhas, alcança ilhas
entristecidas cenas cotidianas

nesta cidade, porradas, esquivas
em cada esquina abre-se doente
mar de socos, singelos inimigos
protegem-se, agredindo-nos
de graça esquecem-se
do troco em troca de algo

carinho?

Porrada sutil, quem se perdeu
um sorriso infantil,

doçura?

Não sei como pagar ou seria loucura?
Pagar por amigos, desejos envolvidos

quebrados?

Rótulos terapêuticos, vivemos
vegetando em trabalhos

frustrantes?

Seres a vagar horrendos corredores
de nossas culpas esculpidas
no fogo brando de nossas paixões

sexo futuro temes descobrir
ser nada a mais do que já foi em vão
nadando correntezas dias e séculos
do velho enigma chamado

(Flacast)

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