segunda-feira, 21 de maio de 2012

A flor da noite



Mas que flor é você
Que exala noites de amor
Em brilhos de relva fresca
E nem sentes resfriar a pele

Devora feita dos pelos da onça
Mas derrete-se em cálidas gotas
Servidas à língua em pétalas
Sua tez é maciada como a fala

Perfuma a exalar despudores
Vermelhos dorsos encorpados
Escancara inusitados olhares
Rosas femininos desprendem

A volúpia assumida da fêmea
Que do cio se veste generosa
Cerca e devora destemida e crua
Fecha-se em buquê durante o dia.

(FlaVcast – 22.05.2012)

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