segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Jogo de espelhos

 

Foram refletidas as imagens
Dobradas multiplicadas
Quebradas do corpo
Que sou
Onírico ou concentro
Envelhecidos ângulos
A desfazer-me cubista
Era eu em imagens
Recortadas partes de pensamentos
Distantes próximos ali
Refletidos e eu a observar
Ler-me
Não sei se me acalenta
Decreta-me apenas os fatos
Inusitados desprezos a que tenho
Respeito à minúscula imagem
Em que me percebo ao longe
Sou tão próximo de mim
Que multiplico em infinito
Capaz há um eixo
Uma diminuta linha
Em que me reconheço
Nas partes de um que sou.

(FlaVcast – 01.11.2011)

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