sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Nosso tempo efêmero


Talvez sejam poucas
As horas longas do dia
Tanto que a vida domina
Correrão os ponteiros

As sombras apressadas
Giram ao redor alongando-se
Com o tempo esse efêmero
Tempo que nos furta
O preciosismo do estar

A paralisar o belo do sorriso
Refletido nos espelhos
Esfumaçados das retinas
Apaixonadas dos olhos doces

Os meus os nossos estilhaços
Das imagens que carregamos
Nos prismas delicadas peças
Que trazemos ao peito

E nas poucas e raras horas
Em que poderemos despir
Dentro da noite nossos corpos
Essas longas horas só nossas

Sôfregos os beijos aos toques
Na penumbra quente da lua
Serão eternizadas frações
Dos segundos mais felizes

Sendo o tempo efêmero
A lembrança é eterna
Ele vai ela fica
Nós vivemos.

(FlaVcast– 17.09.2011)

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