terça-feira, 24 de setembro de 2013

Não sei do dia


Não, não sei do dia
Tão pouco do meio
Dia é algo que se impõem
Entre o ter estado e o estar
E é alvo do desconhecido
Um passo a mais ao nada
Ou a chance que se refaz

E nasce ali sem pretensões
Como uma flor de horas
Ou onde estouram revoltas

Mas não sei dizer deste
Ou se virão outros dias
Sei que despertei da morte
E pensei em ti que foste antes

Do encontro à sorte em busca
A um norte que me incluía
Sem os guarda chuvas
Ou quem sabe adiantar sorrisos

A quem possa prever lágrimas

Mas saber do dia
De um amanhã que te acorde
Melodiosa como paira em sonhos
Não, não sei do dia

Sei é da tarde vindoura
A nos trazer descansos
Ou do remanso da noite porvir
Em que possamos deitar
Sem importar se o dia virá.

(por FlaVcast em 24.09.2013)

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