domingo, 30 de junho de 2013

À noite o silêncio


À noite
O silêncio
Toma-me pela mão
E diz quão me faltam asas
Que me levem noturno
Aos sonhos seus e meus
Em possa leva-la em poesia
Por entre delírios românticos
Donde sejamos um mundo
De olhares gritantes de nós
Tórridos amantes distantes

O silêncio
À noite
Leva-me pela mão
Mais perto do que te sinto
Minha aquela em que miro
Os desejos mais cheios de cores
Da minha alma poeta
Que chora sem saber da alma
Dos sentidos da brisa que levam
Adormecer os maduros frutos
Deste amor entregue a ti.

(de FlaVcast em 01.07.2013)

sábado, 29 de junho de 2013

Vinda do sonho



O dia nasce
Depois do sonho
Onde menina dança
Azul profundo avermelha

Raios sutis a pele desperta
Na busca dos contornos
Os violetas de onde estar
As rosas confusas emanam

Aromas inquietos de pássaros
Trazem nos bicos orvalhos
Vindos olhos do sol espantados
Não soubesse ela vinda do sonho

Pousara languida ao lado
Em mechas morenas deleite
Vem aquietar-se sonolenta

O corpo nú ao meu bom dia.

(por FlaVcast em 29.06.2013)

Germine


Germine ou imagine
A semente é você
Floreie!

(por FlaVcast em 29.06.2013)

Semear


Desejo semear palavras
Busco terra fértil
Sorrisos de crianças
Ou mentes abertas
Onde possam geminar
As flores mais belas.

(por FlaVcast em 29.06.2013)

Solo infértil


O solo a tempos já é infértil
Mesmo assim o amor brota.

(por FlaVcast em 29.06.2013)

Feito teimosia de semente


Sou um desses que vive colocando-se em pé feito teimosia de semente.


(por FlaVcast em 29.06.2013)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O extremista



Um só olho
Único ponto de vista
Só uma direção
O todo causa confusão

Uma verdade sua
Verdade que do todo
Se faz mentiras
Sua paixão perdura

Pendura em corda bamba
Ao certo conta as forças
Em que a gravidade
Não leve seus atos

Ao vento se esvai
Como verbo sem eco
Caí ao chão morto
E passos nem se dão conta

Vai extremo de luta
Como vai o pobre sem terra
Enterra em seus discursos

Abusos de quem erra.

(por FlaVcast em 24.06.2013)

sábado, 22 de junho de 2013

Nas Águas do rio


Te amo mais que o amor 
Te amo como se amar fosse um rio

que passa e não se esgota em si.

(por FlaVcast em 22.06.2013)

sábado, 15 de junho de 2013

Meu caminhar


Do tanto que me falta
Não é a dignidade
Tão menos a falta
Da coragem

Dos momentos roubados
Entreguei meus trabalhos
O suor e o sufoco
Para dar ao meu povo

Dos modos que pude
Não me faltaram virtudes
Os poucos pães à mesa
Ainda me orgulham

Dos caminhos percorridos
Faço da bondade meu trunfo
Das esquinas minhas rimas
Da vida minha luta

Se passo ao seu lado
Levo meu orgulho contigo
Deixo se posso um pouco
Das minhas pobres verdades.

(por FlaVcast em 16.06.2013)
Veja esse vídeo, caso não entenda inglês como eu, vc pode usar a tradução, basta que procure o CC na barrinha de baixo e ao abrir o quadro clique em "português". 
Se possível, divulgue-o onde for possível. Eu por exemplo colocarei no grupo que possuo, no meu blog, além do meu mural como estou fazendo nesse momento.
Acredito que seja um dos vídeos mais explicativos do momento que vivemos.
Agradeço desde já a quem seguir esse movimento pela dignidade do nosso povo.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Um novo olhar


São por eles
Os olhos
Que trago o mundo

Aspiro algumas vezes
Constrangido azuis
Intensamente rosas
De perfumes exagerados

São eles encantados
Da mais pura lassidão
Dos ventos que dançam

Solitários entendem retos
As curvas do além mar
As agruras do revelar
Solstícios do que será amar

Deles os ângulos desvairados
Sintomas das belezas
Os olhares aprisionados

Por eles se foram cometas
Derramadas pesadas lágrimas
Doçuras de crianças risonhas
E por de sol atrás da montanha

Onde curtos seriam prisioneiros
Não fossem subversivos
Libertos devo a eles a arte.

(por FlaVcast em 11.06.2013)

domingo, 9 de junho de 2013

Poema do que somos


Do corpo
a sensação da pele
a tessitura sua

Nua do toque
do desejo que tenho
em desalinho

Fino e sutil
movimento do olor
exalado de pele

Macia é fala muda
a germinar dos poros
olhos a devorar-me

Curvas ensopadas
desse ato concreto
que chamamos nosso

Poema do que somos
em exauridos instantes
do amor que fazemos.

(por FlaVcast em 10.06.2013)

sábado, 8 de junho de 2013

Queime!



Queime!

Meu corpo e a roupa que trago à pele
O meu carro e meus futuros caminhos
Ateie fogo ao futuro que não mais terei
Aos sonhos e à minha chance de vencer

Queime!

As vezes que poderia batalhar por você
As lutas que já venci para te proteger
O estudo que pude ter e você não teve
Meus olhos e as lágrimas que já senti

Queime!

Minha impotência ante a sua ignorância
O meu ódio em relação a violência diária
A insensatez dos que te roubam a lucidez
As mágoas que nem sabes que tens

Queime!

Muitas vezes até desaparecer sua inveja
O trabalho e a arte que não lhe diz nada
A vida que nesta manhã sorriu ao seu dia

A alma esta, você a tornará imortal.

(por FlaVcast em 08.06.2013)

Febril



Perdi você pelos ponteiros
Em que horas eternizaram
Meu desespero

Solitário não havia onde marcar passos
Ou noites mais orvalhadas
Quiçá poderia a lua ser lacrimejada

Não haveria mais calçadas
Para duas mãos dadas

Seria daqui para frente
Um espaço oco ou um vácuo
De felicidades

Perdi você e o sono na madrugada
No desvalio de não encontrar o lado
Do repouso que nunca mais teria

Esvaziaria a vida e nem sonhos restaria
Mas em que parte da febre você estaria?

(por FlaVcast em 08.06.2013)