Tenho lido melancolias
Que soltas na rede levam
As angustias dos sonhos
Desiludidos e perdidos
Estas choram em rimas
Entre linhas distorcidas
Da vida como tinteiros
A vazar em lágrimas
Em folhas brancas
Servem aos vapores
De um passado colorido
Que agora desbotado voa
Rente à imaginação e o ar
Dobram-se dores mastigadas
Em frios labirintos fechados
Da falta de perspectivas
Lá de baixo onde cismam
Desacreditam possíveis
Merecedores de bênçãos
E seus anjos migram sós
Mas o calendário insiste
Luas vêm e vão remoçadas
E mesmo que por devoção
Poetas confiem em renovação.
(FlaVcast – 13.12.2011)
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