quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A tela inacabada


Algumas vezes bate-me sufocante
Uma descrença tão imposta
Que me dói tanto o quanto exposto

Confesso que fui um que acreditou
Em todas as tonalidades de vermelho
Onde pude sem meio termo errar
Cada passo na pista de dança

Assumo é minha essa mais completa
Inaptidão para andar de bicicleta
E acredite em estar certa a regra
Aquela de que a curva nunca é reta

Então deixe que eu carregue os matizes
Entre os escuros e as incompetências
De alguns pingos claros que deixei
Escorrer pelo caminho...

...Pincel a sujar a água
Bisnagas torcidas ao pé da tela
Pano sujo caído no canto...

A tela ficará desesperadamente inacabada.

(FlaVcast - 16.11.2011)

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