O rumo das estrelas
Misturadas às nuvens
De poeira viva e iluminada
Traçam as linhas mais delicadas
De dois tempos independentes
Paralelos como dois rios
A correrem seus sentidos
Em curvas no mesmo correr
Não se sabiam
Tempos... Cada um o seu...
Aluarados
Criam sombras languidas
Ao sabor do sol
Em cada uma das cenas vividas
Divididas as linhas do tempo
Sabem-se apenas serem partículas
De um momento do caos
Algo que surge e então pensados
Foram chamados de vida
Tempos...
Sabedores do término
Ou do tudo devolvido ao caos
Buscavam a impressão do instante
O ponto que se faz transbordar
Como a lágrima que por mais que seja
Envolta de amor vaza
Vaza e escorre por uma parte pequena
Que é de tempo
Desconhecidos
Desejaram seus complementos
Imaginaram opostos feitos dos magmas
Lançados ao caos em alguma parte da viagem
Tempos se cruzaram
E esse momento, esse ínfimo ponto
Onde os dois tempos se farão uno
Um tudo entendido em um vácuo
Em que tudo cabe e é
Como chamar o que se sente
Ao encontrar o que completa
Isso nem mesmo mais importa
Acontece
Em alguma parte do que sentimos nós
E de tão complexo, intenso e prazeroso
Que chamamos de amor.
(FlaVcast– 28.11.2011)
Nenhum comentário:
Postar um comentário