terça-feira, 28 de abril de 2015

Besteiras

Mirante - Gonçalves - MG - foto FlaVcast

Penso
Que não tenho mais besteiras
Para colocar aqui
Hoje são solitárias
Minhas besteiras
São sem graças
Sem querer sê-las

Penso
E descarto-as
Como as mais insignificantes
Besteiras
As minhas besteiras
Hoje perdem a cor
Rapidamente desbotam-se

Penso
Que por besteiras
O mundo está lotado
Ah se minhas besteiras
Fossem ao menos levadas
Ao vento fossem apenas
Nuvens a fazer sombra.

(por FlaVcast em 28.04.2015)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Entrelaçados



Entrelaçados
Água a escorrer
Entre os lábios
O amor vaga

Beijo
Do primeiro beijo
Abraço
Do primeiro abraço

Nele se faz presente
A vaga que os inunda
Presente que agora é
Mar de amor em cheia.

(por FlaVcast em 20.02.2015)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Eu aproximado




Como queda d’água
A jorrar suicida
No raso plano
Que espera

Adentro íntimo
Aos olhos desnudos
No profundo desejo
Que reflete.

(por FlaVcast em 05.02.2015)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Corpo


Sempre que mudo
Trago calado no peito
O cerne dos olhares
Sentido dos sentimentos

Quando dos medos
Exorto aos gritos a fala
Certamente corro aos poemas
Sabendo que flores surgirão

Na solidez das vielas
Busco na solidão o outro
Aquele que move-se à guia
Escorrido das lágrimas

Das curvas desenhadas
Refúgio do corpo que ama
Gravito entre a tez e a doçura
De onde retorno revivido.

(por FlaVcast em 03.04.2015)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Nosso reino

Das vielas onde vão os desejos
Você surgiu com mais apreço
Das coisas que ainda desejo
Você será sempre a do beijo

Dos cânticos que trago n’alma
O que lembro das minhas matas
Dos homens que trago em mim
Suas lembranças as que ficarão

Dos sonhos mais vívidos de ti
São fantasias que abrilhantam
Os perfumes mesclados de ti
É na poesia onde reinamos sós.

(por FlaVcast em 02.02.2015)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Partes do velho caderno


Por onde andam as palavras
Ao vento ou tormentos
Sem sequencias ou
Consequências vãs

Dos medos ou traquejos
Retiram-se elas das linhas
Das frases cheias de ecos
Ficam espaços em branco

Lumes e silêncios de estrelas
Olhares a buscar sentidos
Aromas a flutuar em térmicas
Folhas amareladas feito flores

São partes do velho caderno
Onde ilusões ficaram ao tempo
Caminhos revistos perdem-se
Na beleza da nova paisagem.

por FlaVcast em 29.01.2015