Blog de poesias de minha autoria com ilustrações de imagens recicladas e encontradas na internet em sua grande maioria. As imagens encontradas são transformadas em outras novas composições para que ilustrem cada uma das poesias.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Imensidão
Talvez
Tivéssemos
aos nossos olhos
Tão
próximos os astros
As
estrelas e constelações
Os
confins do universo
O
olho de deus
Pudéssemos
A
cada noite perceber
Nosso
diminuto tamanho
Perante
a grandeza do existir
Pudéssemos
Nós
humanos
Grãos
de areia que somos
Unirmo-nos
a entendermos
A
vastidão da nossa alma
O
poder da natureza perceber
Talvez
Dos
confins dos pilares da criação
Captar
o significado da existência
De
um tempo que já não há
Em
uma existência tão curta
Para
que se ofenda que seja
Um
irmão.
(por FlaVcast em 30.08.2013)
Trinco
(foto de Pavlidis Georgios)
Um
trinco me separa
Entre
o ato e a esfera
Um
trinco que fecha
Tão
rápido com flecha
Um
trinco que abre
Tão
quente com febre
Um
simples trinco
Releva
o que sou ou não
Tão
rápido quanto lento
O
tenho em mim
E
fora de mim
O
trinco tranco
Trinco
de medo
Trinco
de frio
Os
dentes tranco.
(por FlaVcast em 30.08.2013)
terça-feira, 27 de agosto de 2013
O banco
foto by Prakash Ghai
Ficou
vazio o banco
No
jardim à sombra está
A
despeito das chuvas
Em
respeito às mágoas
Estará
lá a apodrecer
A
anoitecer
Imóvel
A
amanhecer
Gélido
Passará
pelo tempo só
Entre
as folhas do outono
E
o voo dos pássaros
As
mãos dadas não virão
Aos
fins de tarde de verão.
(por FlaVcast em 27.08.2013)
De flor o jardineiro é
É
da flor humana
e
do desabrochar
Dos
seus espinhos
e
seu olor a inundar
Seu
ambiente,
este
muitas vezes inóspito
É
do traduzir seu vermelho
em
rosa, azul ou amarelo
O
multicolorido
desse
caminho silencioso
E
das lágrimas
confundidas
como orvalho
É
o estar ali
como
um jardineiro sem pás
A
revolver a terra
com
palavras nas mãos
E
encontrar seus sonhos
e
medos nus
É
da doação do tempo
e
atenção à flor
E
a ética é a métrica
que
esse jardineiro usa
Para
cuidar desse jardim
de flor o jardineiro é.(por FlaVcast em 27.08.2013)
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Solúveis pigmentos vermelhos
Eram
sentimentos espalhados
Sobre
a superfície dos sonhos
Daqueles
que acreditamos
Reais
concretudes divinas
Entre
aromas figuras
Traços
finos reconhecidos
Espectros
formados sutis
Texturas
lançadas à ação do tempo
De
um amor construído
Entre
o sol e o mar estava o céu
O
lápis o olhar e o papel
Jogados
ao vento eram momentos
E
foram perdidos os lazúlis
Solúveis
pigmentos vermelhos
Escorridos
em lágrimas
Amalgamas
estilhaçada ficam
Feito
névoa morna suspensa
Ao
passar dos anos esvai-se
Como
memória ali depositada
Ao
canto mal acabado do amor.
(por FlaVcast em 26.08.2013)
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Azul da meia noite
A
gaivota voa rasante
Sobre
as marolas frias
Do
início do dia
Entre
o sol parco
E
o horizonte distante
O
barco vagueia
Areia
úmida
E
pegadas quentes
Dos
passos passados
Ficam
secos
Os
frutos caídos
Oriundos
do mundo
Brotam
os carros
Esparsos
passam
É
o caminhar solitário
À
beira da orla
Onde
não a encontro
Fora
e ainda era noite
Eu
jazia
E
você azul
Azul
da meia noite.
(por FlaVcast em 22.08.2013)
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Paralelismos
Aos
parafusos
as
chaves
na
fenda das viagens
Nos
para raios
as
nuvens
e
seus pingos na terra
Entre
paralelas
os
esquadros
em
retas assimétricas
Sobre
parapentes
os
ventos
a
levarem seus cabelos
Em
Paraty
o
amor
de
onde colhem flores
Dos
parágrafos
as
linhas
onde
não cabem as rimas
Aos
parasitas
a
pele
destes a inveja consome.(por FlaVcast em 21.08.2013)
sábado, 17 de agosto de 2013
Cidade devastada
Os
tetos desabam
Cedo
ou tarde
Escombros
Empoeirados
Espaços
desprotegidos
Ruinas
e sombras
Marcas
solitárias
De
ruas desertas
Horizontes
mudos
Soturnos
lençóis
Brancos
a sós
Fossem
átomos
Detonadas
bombas
Guerrilha
aberta
Fossem
mãos
Palavras
não
Desejos
explosivos
Fosse
um tiro
Um
não ao ouvido
Os
sonhos não
A
noite caí
Em
pequenas gotas
Orvalho
aos poucos
Vai
fria e silenciosa
Madrugada
e mágoa
Azul
desbota em dia
Vento
corre
Leva
o solto
Ficam ecos.(por FlaVcast em 17.08.2013)
Baú
Baú
de um marrom envelhecido
De
carícias perdidas no tempo
Em
que lembranças são dobradas
Em
folhas pautadas em âmbar
O
cisne a paçoca o papel de bis
E
recadinhos de geladeira e fitas
Pedaços
de rendas e rendo-me
Aos
cântaros surgem momentos
Em
3x4 umas das pétalas do quarto
Os
invocados espasmos esparramados
Como
que da pele da caixa minam
Vindos
invisíveis dos ruges do coração
Já
não tenho ordem a guarda-las
Lembranças
misturadas só caibam
Novamente
adormeçam aí caladas
Baú
que me leva dentro em partes.
(por FlaVcast em 17.08.2013)
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Um sonho sempre acaba em corte
Um
sonho sempre acaba em corte
Efemérides
não preveem os saltos
As
tomadas de direções às mortes
Nossas
andanças viradas ao norte
Como
acabam os amores loucos
Os
loucos de amor trucidam ecos
Onde
bate o som vibram loucuras
Cenas
despedaçadas as partituras
Acaba
em fio de lâmina de foice
Algo
voraz que tira o ato do beijo
Um
corte seco escorre o desejo
Vai
sonho em algum lugar o tempo
Te
encontro onde serei intangível
Combustível à um mundo
paralelo.(por FlaVcast em 16.08.2013)
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Um aberto noturno
A
bruma invade silenciosa
Rente
ao espelho d’água
Gélida
leveza em acalanto
De
norte um vento morte
É
o lago em que adormece
Noite
fria, nuvens surgidas
Sombrias
evaporaram lago
Baixam
das nuvens a noite
É
um céu dum vazio vasto
Como
se tolo fosse do lago
Abriu-se
em leitos de luzes
Brumas
expandem janelas
Ao
longe um aberto noturno
Em
cinzas escuros pesados
Serra
alta inicia imensidão
Memórias
passam cadentes.
(por FlaVcast em 08.08.2013)
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
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