“Viver não é vivível” C.L.
Também não sei qual
“o jeito de ser gente” (C.L.).
Sei ser o cerne,
o entendimento
do significado
de não ser vivível
Os moldes hoje,
já não me cabem
nas formas
que não ocupo
O não vivível,
é o mínimo
sobrevivível
no que existe
É miserável,
a pobreza
do imponderável
materialde que preciso
Dá-se a vida,
a alma corrompida
nas avenidas
já um tanto diluídas
E em tão pouco,
que assolam questões
não medos esses
muito caro pra tê-los
São burocratas,
pendências devidas
às partes de um todo
vivível seria carimba-las
De tintas que escorrem,
não vivíveis papéis
sobre alguns decibéis
estão os (des)níveis
Não sei se há riqueza,
no não vivível
o aproximar-se
é afastar-se
A dor é parte,
do não vivível
sabe-se o erro
do erro à vida
Do qual escorre,
dos dedos das mãos
o suor impregnado
das entranhas o sexo
Abafados amor e ódio,
sãoleais ao ópio
ao silêncio que emoldura
(por FlaVcast em 03.01.2013)